terça-feira, 3 de abril de 2012

Eu vi ao Senhor, (2º) Parte.

Quando fiz a primeira postagem sobre Isaías, 6: Eu vi ao Senhor, pensei que fosse apenas uma e encerraria, mais fiquei surpresa, quando num destes dias esta louvando ao Senhor, (o tempo do meu louvor, é de mais ou menos uma hora junto á ele, a adoração) e, foi neste momento que; o Espírito Santo falou-me: por que não conta a sua experiência?; Você também viu ao Senhor!. Não havia pensado nesta possibilidade, porque faz muitos anos que vivi aquele momento, porém; nunca me esqueci da aquele dia tão especial para mim. Para falar a verdade, fiquei muitos anos sem entender o motivo daquela visita tão misteriosa; pois aquele ser maravilhoso, entrou no lugar aonde eu estava com meus dois filhos pequeninos: (meu quarto) e apenas me olhou sem falar uma palavra se quer, e sem esboçar um gesto que fosse. Era uma figura de um porte muito gentil; não havia em sua volta nenhum esplendor, nenhum jogo de luz, nenhum efeito especial. Era apenas, um como o filho do homem Não tinha cabelos longos, nem barba comprida; era um ser sobrenatural; disto não tenho dúvidas; porém, de uma singeleza singular. Sua vestimenta, era sóbria e branca, mais não luminosa; tudo naquele ser, era muito normal, mais encantador. E, o que mais me chamou a atenção, foi o seu olhar. Em toda a minha, vida nunca vi um olhar como aquele!: além de meigo: penetrante como um raio-X. Ele  olhava para dentro de mim; como se estivesse vendo todo o meu interior. Não falou uma palavra, mais o seu olhar; falou. Fiquei paralisada, sem poder me mover, as crianças estavam dormindo, e eu ali vivendo aquele momento eletrizante, sem poder me manifestar. Desejei levantar para apanhar um espelho, pois se eu estivesse com um espelho em minhas mãos, poderia me comunicar com ele: era o que eu pensava; mais não pude meu corpo não me obedecia, estava completamente imobilizada. Depois de me fitar com aqueles lindos olhos que mais pareciam ; raio -X; ele desapareceu. Tudo isto, durou poucos segundos, mais foi como se fosse uma eternidade. Era mais ou menos duas horas da tarde, e a noite eu tinha culto na igreja. Saí do meu quarto, e comecei a me preparar para o trabalho de logo mais á noite. Meu marido não estava em casa; estava viajando, não tínhamos condução própria; iriamos de ônibus mesmo. Durante toda a tarde, enquanto preparava as coisas, fiquei falando no meu íntimo: Que olhar maravilhoso! que maravilhoso olhar! Chegou a hora de ir para a igreja, que ficava bem longe de minha casa; arrumei as crianças, pus uma no colo e a outra pela mão, e fomos para a igreja. Durante todo o percurso que o coletivo fez, eu ia desfrutando o prazer daquela visita inesperada, e me deleitando ainda sobre o efeito do seu maravilhoso olhar. Estava em estado de graça!. E, qual não foi a minha surpresa; quando ao adentrar no recinto, estava um conjunto musical catando, sabe qual a música?: Seu maravilhoso olhar, transformou meu ser todo o meu viver; seu maravilhoso olhar!. Imagine, como me senti. Se não me controlasse, teria caído por terra; tal foi o impacto do momento. Como já falei, não tive nenhum discernimento sobre aquela visita sobrenatural. Também, não sou do tipo que fica especulando; principalmente quando se trata de coisas do mundo espiritual. Sabia; isto sim: que Deus tinha uma finalidade em me fazer passar por aquele momento tão especial, e no tempo certo, Ele me revelaria ou me faria entender. E, depois de muitos anos me fez entender o porque daquela visita. Hoje sei que se não houvesse aquele acontecimento único em minha vida, se aquele ser: anjo ou jesus; não sei; só a eternidade dirá. (Para mim, era Jesus) se, não era Ele, era um dos seus enviados devidamente credenciado para aquela missão. Talvez, hoje eu não estivesse viva para contar a história. Creio mesmo, que ele veio ali no meu aposento, para me ajudar a caminhar dando o seu poder, para me dar confiança, para me proteger e não me deixar naufragar na tempestade que iria me atingir em cheio. Agora, entendo o silêncio da daquela hora; porque ele nada falou, apenas fitou seus olhos em mim. Se, ele me falasse o que estava por vir, a guerra que eu iria ter que enfrentar, durante uma longa e penosa jornada, eu desmaiaria no ato. Por isso, ele nada falou; com isto, poupou-me da agonia antecipada. Entendi, que o Senhor não nos fala o tipo de luta que vamos enfrentar para não morrermos na praia. É melhor só ele saber, porque assim, durante as guerras travadas, ele estará do nosso lado nos fortalecendo, nos ensinando, nos dando estratégias, e nos protegendo. Ele é o refúgio secreto. Ele é o porto seguro onde posso ancorar o meu barco avariado pela fúria da tempestade. E, foi isto o que aconteceu comigo. A batalha que o inferno travou contra mim, não foi em um, dois, três ou quatro anos; foram sete anos de um calvário, que parecia não ter mais fim. Durante todos os anos da jornada da minha peregrinação, não deixei nem por um momento de louvar e adorar o meu Senhor. Aquele louvor e aquela adoração, era o combustível que me fazia prosseguir de cabeça erguida sabendo que: se Deus é por nós, quem será contra nós?. E foi assim, que durante sete anos; louvei chorando e chorei louvando. Mais louvei! Enfrentei o capeta de frente com o respaldo do meu Senhor, e ganhei a batalha. Deus, sempre está do nosso lado. Elevo os meu olhos para os montes; de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra. Não deixará vacilar o teu pé, aquele que te guarda não tosquenejará e nem dormirá. Salmos, 121. Mesmo que tenhamos que enfrentar as mais duras provações, não desanimaremos pois temos o aval do nosso Deus o nosso pastor, que nunca nos deixa só. As lutas, são para nos aprimorar e nos fazer fortes, e nunca para nos enfraquecer. O médico, antes de tudo tem que fazer uma boa faculdade de medicina, fica anos enfiado nos laboratórios, dissecando defuntos mal cheirosos, fatiando cérebro, e tudo quanto é órgão humano, para quê?. Para que; quando se formar, depois do doutorado, depois do mestrado, ele estar apto para medicar o paciente, sabendo exatamente, dar o diagnóstico certo e consequentemente; o remédio certo. Conosco, acontece o mesmo. Hoje, qualquer pessoa que venha a mim com qualquer tipo de problema, eu disse: qualquer tipo; seja ele do tamanho que for; posso ajudar e orientar, porque o Senhor me capacitou e me outorgou este direito. Aprendi na faculdade do Senhor. Louvo o seu precioso nome, por tudo o que passei, e por que cheguei até aqui, sem sequelas apenas cicatrizes, mais cicatriz não doí, apenas nos faz lembrar. São as marcas da guerra. Não sou Isaías, não sou Moisés e nem Daniel, e não ousaria disser ao menos que seria digna de beijar seus pés, porém; de uma coisa eu tenho certeza: eu tenho o mesmo Deus deles. E, eu soldado raso no Exército do Senhor; eu anônima e sem nenhum mérito: Eu vi ao Senhor!
Porque Ele vive, posso crer no amanhã, Aleluia!
Despeço-me por hoje. O Senhor te abençoe e te guarde.
Beijo no coração.
Elisabeth Aires Alves.