quarta-feira, 21 de março de 2012

A Escolha é Sua, (2º) Parte.

Continuando este assunto, quero lembrar que: toda a regra tem uma exceção, muitas pessoas as vezes são jogadas na vida, praticamente sem escolha; simplesmente são entregues ao seu próprio destino. Mais quero lembrar também; que isto não é o fim, mais apenas o começo de uma grande jornada, que dependendo de uma boa índole, e de muita vontade de vencer; redundará sem dúvida; numa vida vitoriosa, e produtiva Há espaço para todos, só precisa de ser conquistado, e isto depende de quem quer vencer. Aqui, no Brasil em um dos Estados do nordeste, aconteceu exatamente assim: um moço morador de rua, portanto sem pousada certa, mendigava o pão de cada dia; porém havia dentro de si; uma vontade de vencer, e esta vontade virou sonho, e o sonho foi perseguido até chegar a ser real. Ele foi a luta, não ficou parado a ver navios mais correu atrás do seu objetivo, resolveu fazer a sua parte; portanto, a sua escolha. Começou a estudar; sua carteira escolar, era um banco de jardim, sua pasta de material; uma caixa de papelão. Ele não desanimou e continuou seu objetivo: Estudar, prestar concurso no Banco do Brasil, para conseguir seu primeiro emprego. Moral da história: passou em primeiro lugar! Está provado que; quando queremos: Podemos! Não importa a circunstância, importa a perseverança Aquele moço, poderia se afundar na sua desventura e ir pelo caminho do vício, afogar suas mágoas num copo de cachaça; que qualquer dono de bar fornece de graça a um pedinte, mais um prato de comida, é mais difícil.
Mais aquele homem, apesar das circunstâncias tinha um sonho acalentado dentro do seu ser: o de ser um funcionário público, e com um bom salário. Portanto, ele não se deixou dominar pelo desânimo, mais foi a luta, usou seu potencial; aliás, que todos nós temos, e foi em busca do seu ideal, do seu lugar ao sol. Que belo exemplo de determinação e coragem. Estou citando o exemplo deste moço, porque ele nos dá uma lição de vida. Isto, é o que se chama: volta por cima. Se por acaso, você que está vendo esta página, está se sentindo só e sem chão precisando de tomar uma atitude, de dar uma levantada na vida, saia do marasmo e vá em busca do seu sonho, use o seu potencial; você consegue.
Eu, não posso dizer que a minha história é como a daquele moço, pois cada caso é um caso, ninguém tem a mesma história, todos nós temos casos diferentes mais a essência é a mesma, o pano de fundo, é o mesmo, sabe por quê? Porque cada um de nós, tem o seu próprio caminho, não creio em destino; o destino, somos nós que traçamos, ou escolhemos, ninguém nasce marcado, para o bem ou para o mal. Quando chegamos a idade da razão, fazemos nossa própria escolha. Não importa o que nos fizeram ou onde nos jogaram; importa reunirmos nossas forças, levantar os olhos para o alto, e vislumbrar as possibilidades, elas existem, e estão ao nosso alcance. Estou falando assim, porque como já falei em outras páginas, fui arremessada contra a vida, ainda muito jovem, fui jogada para um mundo desconhecido e cruel; eu, uma garota com apenas 17 anos de idade, uma jovem ainda intocada, sobrevivente de uma terra distante saída de um pequeno lugarejo no interior do Nordeste do País, um lugar de uma cultura retrógada, de pais ditadores e de mães megeras, que apenas geram filhos, mais são incapazes de demonstrar qualquer sentimento de amor ou mesmo amizade; esta cultura, vem de gerações. Então a gente é criado sem nenhum sentimento de união entre irmãos; é quase como animal. Foi num ambiente assim, que vim ao mundo e fui criada; detestando tudo o me falava de solidariedade, ou amizade. Perdi minha mãe muito cedo, o que aliás não foi uma perda, mais sim um alívio, pois pesa o fato de que não fui desejada para vir ao mundo; partindo daí, era a indesejada, a intrusa; enfim: a órfã de pais vivos Desejava muito ir embora, mais para onde? Se na minha própria família eu era discriminada. Onde encontrar felicidade e razão para não nutrir tanta amargura e revolta? Foi então que pedi a um irmão que morava em São Paulo, que queria vir para esta cidade, ele mandou me buscar mais ficou comigo por pouco tempo, logo se desfez de mim; não, sem antes sofrer muitos açoites e privações. Saí do meu habitat natural e de repente me encontrei em uma selva de pedras, sem conhecer ninguém e portanto, sem esperança de encontrar alguém que me estendesse a mão, nem mesmo entre os crentes da minha igreja
Aí, começou a jornada da minha peregrinação. O despreparo era grande, não tinha nenhuma formação; nem escolar, enfim; sem preparo intelectual, emocional; era um peixe fora da água; presa fácil para os tubarões. Veja só: Numa cidade como esta, onde as pessoas olham para você, e não lhe vêm. Não vou contar os detalhes, só posso dizer que: estive no meio de traficantes sem saber quem eram na verdade, fui assediada por usuários de drogas, por lésbicas, e até ameaçada de morte quando entendi o lugar em que estava pisando e quis cair fora, quando me ofereciam drogas, do tipo L.S.D, eu fingia que usava e jogava debaixo da mesa; nunca, mais nunca mesmo eu engoli um comprimido de drogas. Isto porque, a única coisa boa que ficou da infância, foram os princípios morais e o temor a Deus. Isto me deu força para não me entregar ou me afundar mais no mar de lamas que se punha diante de mim. Mais, havia algo dentro de mim, que não deixava me contaminar, e este algo, era a misericórdia de Deus; porque a vida que me era oferecida, pedia uma entrada para o mundo dos proscritos da vida. A fantasia que tentavam me convencer, é de que ; se eu usasse a droga, iria fazer uma viagem fantástica! Entraria em êxtase total. Nunca me deixei seduzir pelas ofertas, que hoje vejo que eram laços do inferno para me prender. Esta viagem que eles fazem, é rumo ao desconhecido decolam pro nada e no percurso o que veem, são fantasmas, figuras de monstro e outros bichos, o que na verdade, não passam de espíritos demoníacos. Decolam pro vazio, e  descem  pro nada. É uma viagem em preto e branco, mais preto do que branco; é um momento de pura emoção passageira, pois quando voltam, o que encontram é o vazio, vazio da alma que não se satisfaz, apenas, se deixa levar pelo efeito passageiro de um narcótico preparado pelo diabo, para aprisionar o homem vazio de um ser maior: Deus.
Depois de peregrinar por esta cidade desumana, e quase tentar suicídio, e com um desejo de encontrar quem me fizesse feliz, finalmente encontrei ELE! que me estendeu sua mão e me tirou da margem da vida, me amou, mudou minha sorte, transformou meu viver, e me fez cidadã da terra e do céu. Amigo mais chegado que um irmão, companheiro fiel e verdadeiro, presente em todos os momentos, não estou só, não sou mais órfã; seu nome?: Jesus! Não sinto falta de nada; Ele me completa, preenche os vazios. Que mais posso falar; me faltam adjetivos. Hoje, tenho um lar, marido e filhos, e o principal: tenho Jesus!.
Hoje, faço uma viagem colorida nas asas do Espírito decolo para o infinito, tomo as asas da alva, e não tiro os pés do chão, o que vejo no percurso, são seres celestiais, sinto um calor suave; é a voz de Deus que fala comigo. Creia-me; isto, não é uma fantasia, mais uma vida de desfrute e de deleites, e é real.
Faça a sua escolha, ou as drogas que não levam a lugar nenhum; aliás: levam sim; a um caminho sem volta, cujo fim é a prisão, prisão da alma e do corpo, e por fim a morte e o encontro com o tribunal divino, onde o julgamento é dramático. Lá, nada se conserta; se presta conta. Mais Deus que ama e é misericordioso, quer e pode dar uma chance a todos os que o procurarem.
Procure o seu criador. Meu amigo, isto aqui, não é um programa de autoajuda mais a verdade pura e simples, de quem viveu o outro lado da história e vive hoje a vida que Deus o Criador planejou para todos, basta acreditar e querer. Estou lhe falando ao vivo e a cores, a verdade sem fantasias; esta, é a minha proposta, por isto, expus com aperto no coração, parte da minha história.
A escolha, é sua. Beijo no coração. O Senhor te abençoe e te guarde.

Elisabeth Aires Alves